quinta-feira, novembro 01, 2007

segunda-feira, agosto 27, 2007

A DANÇA CÓSMICA


Shiva Natarája Nyása


Há muito tempo atrás um ser, impulsionado pela extraordinária energia que possuia, começou a mover todo o seu corpo de forma intuitiva. Ele não queria demonstrar, simplesmente a energia era tanta que não conseguia controlar e tinha que se expressar. Os movimentos surgiam espontaneamente e sem qualquer tipo de esforço, ele era apenas um veiculo de expressão da vida.

Nesse momento o tempo e o espaço desvaneceram-se, quem ele julgava ser dissolveu-se naquela dança frenética e embriagante, todo o cosmos passou a dançar com ele, a dançar nele, a ser dançado, ele não se movia nem dançava, ele era o próprio movimento, ele era a dança.



Não havia barreira nem filtro para analisar aquilo, simplesmente surgia de uma vontade e passava à expressão. Todos os seus corpos vibravam, cada célula, cada unidade de Consciência se manifestava como o Todo. Todas as buscas por encontrar um sentido na vida terminaram dando lugar a um sentimento único de ser, de existir plenamente. Já não precisava de nada pois sentiu que para viver não é preciso nada, pois ele já vive antes de precisar.

As formas deixaram de existir, tudo era o mesmo, tudo o que ele pensava ser distinto dele se fundiu em si mesmo, participando daquela dança celestial. Com um pé na terra firme e o outro no céu móvel, com uma mão sustentando o fogo da vida e a outra marcando o ritmo do universo, ele dança eternamente.

Essa dança continua ainda agora em tudo o que existe, seduzindo-me, arrepiando-me, cativando-me, libertando-me de qualquer programação, desautomatizando-me, levando-me além dos limites por mim construídos.


Agora Eu Sou Shiva, sou eu a dança e não posso mais parar.

terça-feira, julho 10, 2007

RESPONSÁVEL POR SER DIFERENTE

Às vezes a acumulação de insights, ideias, pensamentos, sensações é tanta que tenho que despejar para algum lado... assim surge este texto. Aí vai o que me tem passado pela cabeça ultimamente...

O ser humano tornou-se num ser deveras interessante. Na infância temos tempo e saúde mas não temos dinheiro então aparentemente ficamos privados de algumas coisas; na fase adulta temos dinheiro, alguma saúde mas não há tempo ( é muito comum as pessoas dizerem que não têm tempo. Não têm tempo? Mas se o tempo é uma ideia criada por nós e "absolutamente relativa"...); quando somos idosos aí temos o dinheiro que guardamos, muito tempo mas não há saúde para desfrutar... isto só dá mesmo para rir... passamos metade da vida gastando saúde para ganhar dinheiro e a outra metade gastando o dinheiro para ganhar saúde...

E assim vivemos... saímos do campo e construímos cidades. Saímos de um sistema de auto-suficiência onde cultivávamos o nosso alimento, construíamos a nossa casa, deslocávamo-nos pelo nosso pé... para um sitio onde estamos dependentes de um liquido negro, onde nos julgamos citadinos e independentes e cosmopolitas mas estamos completamente dependentes do campo, da terra, da natureza.

Criámos necessidades e temos que satisfazê-las, cada vez necessitamos de mais coisas e não nos damos conta disso, cada vez mais dependentes, cada vez mais separados... Nascemos de graça e passamos a vida a pagá-la... que estranho. Temos que trabalhar para pagar um bocado de tijolo, uma caixa em cima de outra caixa, ao lado de outra caixa, debaixo de outra caixa... uma caixa com divisões e com mais caixas lá dentro (plasmas e tecnologias afins...). Trabalhamos também para pagar a comida que nasce de graça da terra, era só estender a mão... trabalhamos para pagar meios de nos deslocarmos pois queremos fazer muita coisa em muito sitio... trabalhamos, claro, para proporcionar-nos momentos de descontracção e bem-estar que perdemos por dependermos e trabalharmos... eheheheh

Estamos no meio de uma bola de neve que aparentemente não tem fim, ninguém encontra uma saída... vemo-nos no meio disto e não sabemos como sair... e que tal ir ao inicio ou pelo menos ao que nos lembramos? Porque sofremos? Porquê esta insatisfação constante?

Sinto que tem a ver com a diferença... desde pequenos que fomos ensinados a estabelecer diferenças... conversas do tipo: Isto é preto aquilo é branco, olha um homem e uma mulher, isto é bom, aquilo é mau, isto é uma árvore, aquilo um carro, e mais e mais e mais. Demos nomes às formas, distinguimos tudo, tudo tem marca, tudo catalogado, tudo diferente... e cada vez nos especializamos mais, mais diferença e mais e mais... categorias para tudo, estágios, níveis, diferentes corpos, diferentes métodos, religiões, filosofias.... que confusão nos metemos... e depois elegemos um bando de pessoas cheias de contradições para nos governar... pois nós já não sabemos o que fazer...

Agora temos que saber ler e escrever, quem não o sabe é algum ET... mas precisamos de ler porque foi criada essa necessidade... apeteceu-nos escrever e agora temos que ler as idiotices que escrevemos (as minhas por exemplo). Criámos a linguagem para nos entendermos... hoje existem centenas de línguas e dialectos... entendemo-nos cada vez menos... as palavras moldam os nossos pensamentos... pensamos com palavras... mas as palavras são duais, reforçam a diferença mais uma vez... conversa é de DOIS não de UM. Cada palavra contém o seu contrário e está sujeita a inúmeras interpretações... não nos entendemos porque falamos demais... queremos tudo mas não temos nada... continuamos vazios... queremos encher esse vazio mas o que fazemos é atafulhar-nos em ideias, em pensamentos, em buscas, em julgamentos...

Não fluímos, estamos presos a essas ideias, cristalizados... se alguém nos toca, nos surpreende, nós assustamo-nos e rapidamente queremos voltar ao nosso canto... não nos deixamos levar pela vida... queremos controlá-la, ser responsável... mas responsável do quê? Uma pergunta: És responsável pelo teu coração bater? Eu não! Se nem isso controlo quero controlar o quê? Ser responsavel do quê? De uma caixa? De um filho supostamente meu (que egoísmo) de dinheiro... Toda a gente quer que eu seja responsável... mas do quê? Queremos muletas para tudo... vai à tua vida! E depois queremos ajudar os outros... ok pausa aqui...

Entra o Yoga... yoga=união... espero que sim. A ideia é perceber que somos 1 Ser, com infinitas possibilidades, mas um único Ser. Então que outros há para ajudar? E mais, se o ser é tudo precisa de ser ajudado em quê? Não será o ajudar o acto egoísta? Não vemos todos o mundo com os nossos sentidos? Não é o mundo um produto da minha mente? Não estamos sempre connosco em todas as situações? A maior ajuda é ser livre, ser independente... ser independente e fluir... entregar-me à vida pois sei que só há 1 ser e nada pode correr mal...

Deixemo-nos de conversa de 2, aliás deixemo-nos de conversa... é tudo ideias... a morte, o nascimento... ideias... a vida é ausência de morte, a morte ausência de vida... ideias...

Inspira... expira... inspira... expira... abandona, descontrói, tem a coragem de te entregar à vida pois a vida és tu mesmo... deixar de andar em círculos... tu és o centro...

E assim reduzo os meus discursos... as minhas falas... e encontro no silêncio o 1, o Ser, eu próprio, sem diferenças, sem graus, compreendendo que nada há para alcançar, que não preciso de me esforçar para nada, que não preciso de ser responsável pois nada há para ser responsável...

expiro... solto... abandono-me... esvazio-me...deixo-me ir.... fluo.... sou...

domingo, julho 01, 2007

sexta-feira, junho 01, 2007

sábado, maio 05, 2007

YOGA (REGISTANDO O SER)

Pensei bastante antes de escrever este texto e de o publicar. Já há um tempo que não debruço as minhas ideias sobre este papel virtual, mas hoje sinto que tenho de "despejar" algo...


Acabo de ver um documentário sobre a industria do Yoga... foi um apanhado do que se passa no mundo do Yoga com incidência nos Estados Unidos. Bom, hoje em dia o Yoga dá para tudo, inclusive para desunir... tornou-se em algo aparentemente contraditório à sua proposta milenar, a de unir, de integrar, de conhecimento de Si Mesmo, de libertar-se em vida...


Entramos numa escola de Yoga e até cuecas com desenhos dos chakras podemos comprar. Desde de tapetes "especiais" para praticar a toalhas, blocos, fitas, sapatos, canecas, pins, t-shirts com o nome do mestre estampado, porta-chaves, fitas para o cabelo, meias, posters, calendários... e um etc bem longo, podemos encontrar tudo com a "marca" Yoga. Yoga assim, Yoga assado, Yoga antigo, Yoga moderno, Yoga melhor do mundo, Yoga mais completo, Yoga ginástica, Yoga(Pi)lates, Yoga para animais, Yoga para mulheres e Yoga para homens (???), Yoga para bébés, crianças, adolescentes, jovens, adultos, seniores, grávidas, Yoga mais dinamico, Yoga relaxante, Yoga e Meditação (???), Yoga para suar... são tantos os atributos que já nem me apetece descrever mais...


Até competição de Yoga já existe... vamos lá então determinar quem é o melhor Yogi. Como se faz isso? Sabendo quem já se iluminou? Quem está mais iluminado? Ou vendo quem mete o pé na cabeça ou a cabeça no rabo... não é ridículo isto? Até já querem meter nos jogos Olímpicos, epá "medalha de ouro para o yogi... lol.. e portugal leva uma boa equipa de yogis... eles estão a descansar agora depois de uma refeição vegetariana cozinhada pelo grande".... que risota...


A questão é encontrar um ilusório equilibrio entre o 8 (do não a nada que envolva dinheiro e Yoga) e o 80 (do bora lá vender isto como se fossem farturas). E eu sinceramente não sou a pessoa para determinar esse equilibrio, simplesmente deixo ideias soltas para pensarmos (se estivermos pra aí virados) sem querer fazer juízo de valor, ainda que possa parecer já que as palavras sempre nos levam para um lado...


Actualmente tem professores de Yoga que patentearam sequências de Yoga e quem as utiliza vai a tribunal. Ou seja acham-se donos de uma coisa (já nem sei como classificar o Yoga) que tem milénios e que pertence à humanidade. E depois tem os "coitados" que saem dessas organizações e não sabendo fazer mais nada, não tendo criatividade para criarem o seu Yoga, ficam aflitos e à mercê essas imposições que de Yoga nada têm.


Yoga não é moksha, kaivalya (libertação)? Não é descondicionar, libertar, quebrar as barreiras, medos, iluminar o ego, a persona? Não é perceber que sempre fomos, somos e continuaremos a ser o Ser? Que somos a própria vida manifestando-se e suas infinitas possibilidades? Não é conseguir viver em paz consigo e com os supostos demais seres, natureza e universo? Não é unir, integrar?


O melhor yogi não é aquele que vive melhor a sua vida? Que tem um maior sorriso? Entenda-se o sentido do "melhor"...


Será que ainda fazemos Yoga? Será que o Yoga muda ou é a percepção que temos dele que vai mudando com o tempo e espaço conforme nossas expectativas e interesses? O Yoga até acaba por ser uma desculpa para nos conhecermos... agora, também para nos aproveitarmos dos outros?


Sei que é um assunto não linear e que dá panos para mangas... acho que realmente as coisas estão como têm que estar pois fluimos ao ritmo do universo e se há algo que o Yoga me ajuda a perceber é que há que adaptar-se e fluir com a maré, quando sobe nós subimos, quando baixa nós baixamos.


O que me deixa mais triste são as pessoas que tendo experiências de ainda maior aprisionamento em centros de liberdade (centros de Yoga) saem escaldadas com o Yoga, confundindo Yoga com "Méééééstres", com redes, associações, instituições, livros, etc...


Procuro a cada dia nas vivências que partilho com outros praticantes não os condicionar, mesmo sabendo que estou mexendo com os seus átomos átmicos (de átman...lol) não quero que façam de mim um exemplo a seguir. Fujo do "senhor prof simão" ou do "mas como fazer isto ou aquilo?" ou da "choradinha no ombro para resolver problemas" ou "da busca de um paizinho para orientar a sua vida". Gosto de praticar e de ver o pessoal curtindo comigo toda a criação que vai surgindo no momento. Nada me faz mais feliz que ver aquele pessoal sentindo, emocionando-se, questionando, expressando-se à sua maneira, experimentando no laboratório (shala... sala) diferentes formas de/o Ser.


Claro que ganho dinheiro com Yoga. Decidi há uns anos para cá que esta iria ser a minha forma de poder sustentar a minha vida como Simão. Não vejo mal nisso, é válido como outra coisa qualquer... Penso que se trata apenas de não nos aprisionarmos com o próprio Yoga e o poder que ele nos fornece. Antigamente na Índia, as familias reais abdicavam muita vezes do trono, das suas facilidades para se dedicarem ao Yoga na busca do verdadeiro poder, o poder do Ser e ser consciente disso.

"Make sure the fortune that you seek is the fortune that you need..."

Mas claro, isto são ideias, apenas isso, devaneios... continuemos a curtir pois isto é mesmo uma grande curtição... e pensando no que escrevi não posso deixar de rir... eheheh, é uma comédia e das boas...

segunda-feira, abril 23, 2007

ISHA UPANISHAD

A Upanishad do Ser Infinito, a mais breve e profunda das Upanishads

(tradução e comentário de Pedro Kupfer)

Shantipath: Invocação da paz

Om purnamadaha purnamidam purnat purnamudachyate
purnasya purnamadaya purnamevavashishyate
om shantih shantih shantih

Om. Isto é plenitude. aquilo é plenitude.
Da plenitude, a plenitude surge.
Tirando-se a plenitude da plenitude,
somente plenitude resta.
Om paz, paz, paz.

A Unidade que permeia o Cosmos
O Ser Infinito está presente nos corações de todos.
O Ser Infinito é a suprema realidade.
Regojizemo-nos nele através da renúncia.
Não cobiçes nada, pois tudo ao Ser pertence. 1.

Trabalho e sabedoria
Que trabalhando desta forma, possas viver cem anos.
Pois somente assim poderás trabalhar em liberdade real. 2.


Aqueles que negam o Ser renascem novamente.
Cegos para o Ser, envolvidos nas trevas,
são totalmente destituídos de amor por ele. 3.

O Ser Infinito é transcendente e imanente
O Ser é uno. Sempre imóvel,
o Ser é mais veloz que o pensamento,
mais veloz que os sentidos.
Embora imóvel, ele alcança qualquer objetivo.
Sem o Ser, a vida não poderia existir. 4.

O Ser parece mover-se, mas está sempre quieto.
Parece estar longe, mas está sempre perto.
Está em tudo, e tudo transcende. 5.

Aqueles capazes de perceber todos os seres em si mesmos,
e a si mesmos em todos os seres, não conhecem o medo.
Aqueles capazes de perceber todos os seres em si mesmos,
e a si mesmos em todos os seres, não conhecem o sofrimento. 6.

Como pode a multiplicidade da vida
iludir àquele que percebe sua unidade? 7.


O Ser está em toda parte. Resplandecente é o Ser.
Indivisível, imaculado, sábio, imanente e transcendente,
é ele quem mantém a coesão do mundo. 8.

Ignorância e sabedoria
Em noite de trevas vivem aqueles
para quem somente o mundo exterior é real.
Em trevas ainda mais escuras vivem
aqueles para quem apenas o mundo interior é real. 9.

O primeiro conduz a uma vida de ação.
O segundo, a uma vida de contemplação. 10.

Porém, aqueles capazes de combinar ação e contemplação,
atravessando o mar da morte pela ação,
alcançam a imortalidade através da contemplação.
Assim ouvimos dos sábios que nos instruíram. 11.

O manifestado e o não-manifestado
Em trevas que cegam vivem
aqueles que adoram a destruição.
Em trevas ainda mais escuras vivem
aqueles que se apegam à criação. 12.

Um é o resultado da criação.
Outro é o resultado da destruição. 13.

Criação e destruição: quem conhece ambas,
atravessando a morte pela destruição,
alcança a imortalidade através da criação.
Assim ouvimos dos sábios que nos instruíram. 14.

Prece para a visão da natureza real
A face da verdade está oculta pelo disco dourado.
Remove teu disco, ó Sol que nutres o mundo,
para que eu possa perceber minha natureza real! 15.

Ó Sol, nosso pai, viajante solitário,
controlador da potência da criação,
fonte da vida de todos os seres,
dispersa teus raios e domina teu deslumbrante resplendor
para que eu possa ver o Ser benéfico. Eu mesmo sou esse Ser! 16.

Que meu alento possa dissolver-se no Imortal
quando meu corpo virar cinzas.
Om. Inteligência, recorda, recorda teus feitos,
Inteligência recorda, recorda teus feitos! 17.

Agni, deus do fogo, conduz-nos pelo bom caminho para a felicidade.
Conheces nossos feitos. Livra do erro àqueles que te adoram!
Respeitosa homenagem te oferecemos. 18.

Aqui conclui-se a Isha Upanishad.

Om paz, paz, paz.


Este texto foi transmitido oralmente antes da invenção dos alfabetos sânscritos usados para transcrevé-lo. Estima-se sua idade em 3500 anos. O nome desta Upanishad deriva da primeira palavra que aparece nela, Isha ou Ishvavasya, que designa o Absoluto ou Ser Infinito.

O principal propósito deste shastra é mostrar-nos a onipresença do Absoluto e a unidade essencial existente no universo. Preocupa-se, não em definir o Absoluto em si mesmo, senão em relação ao mundo. Nos ensina igualmente que espiritualidade e vida cotidiana não são incompatíveis.

Mahatma Gandhi prestou um belo tributo a este texto quando disse:

"Se as Upanishads e todas as outras escrituras fossem repentinamente reduzidas a cinzas, e se somente o primeiro verso da Isha Upanishad permanecesse na memória dos hindus, o hinduísmo viveria para sempre."

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

FRASES DE ŚRI NISARGADATTA MAHARAJ

Para ler, pensar, questionar e meditar


Fluir com a vida quer dizer aceitação: deixar chegar o que vem e deixar ir o que se vai.

O tempo, o espaço e a casualidade são categorias mentais, que surgem e desaparecem com a mente.

O mais importante é estar livre de contradições: a meta e o caminho não devem estar em níveis diferentes.

Somos escravos do que não conhecemos; daquilo que conhecemos somos donos.

Quando esteja liberado do mundo, poderá fazer algo por ele. Enquanto seja seu prisioneiro não poderá alterá-lo.

Qualquer coisa que dependa de algo não é real. O real é verdadeiramente independente.

A busca de causas é um passatempo da mente. A dualidade de causa e efeito não existe. Tudo é a sua própria causa.

Nada pode libertá-lo porque você já é livre.

A pessoa que diz saber o que é bom para os demais é perigosa.

Cada um vê o mundo através da ideia que tem de si mesmo. Segundo o que acredite ser você, assim acreditará que é o mundo.

A única ajuda que vale a pena brindar aos demais é a liberação da necessidade de ajuda.

Quando não exija nada do mundo, nem de Deus, quando não queira nada, não busque nada, nem espere nada, então o estado supremo chegará a você inesperadamente e sem convite!

O destino só se refere ao nome e à forma. Dado que você não é a mente nem o corpo, o destino não exerce controlo sobre você. Você é completamente livre.

Os desejos de você são tão complexos e contraditórios, que não é de estranhar que a sociedade que você criou seja também complexa e contraditória.

As coisas mais evidentes são as mais duvidosas.

O prazer adormece-o e a dor desperta-o. Se não quer sofrer, não se deite para dormir.

O que você é, só pode sê-lo, não conhecê-lo.

Nada pode ajudar mais ao mundo que o feito de que você ponha fim à sua ignorância. Então você não terá que fazer nada em particular para ajudar ao mundo. Sua própria existência será uma ajuda, actue ou não actue.

Você nunca nasceu nem nunca morrerá. O que nasceu e morrerá é a ideia, não você.

Limite os seus interesses e as suas actividades ao que seja necessário para você e para cobrir as necessidades dos que dependem de você. Reserve todas as suas energias e todo o seu tempo para romper o muro que a mente construiu à sua volta.

A porta que o mantém fechado também é a porta que o deixa sair.

Quando compreende que tudo sucede por si mesmo, você permanece só como a testemunha, compreendendo e gozando, mas sem ser perturbado.

Correr atrás dos santos (gurus, mestres, etc.) é só um passatempo, um jogo mais. No lugar disso, recorde-se a si mesmo e observe a sua vida diária sem cessar.

O autêntico sádhana (prática, por exemplo de Yoga) é sem esforço.

Toda a preparação é para o futuro, não se pode preparar o presente.

Não conheço más pessoas, só me conheço a mim mesmo. Eu não vejo santos nem pecadores, só seres vivos.

O que é a religião? Uma nuvem no céu. Eu vivo no céu, não nas nuvens, que não são outra coisa que um monte de palavras juntas.

Só negando pode alguém viver. A afirmação é cativeiro. Questionar e negar é necessário. É a essência da rebeldia e sem rebeldia não pode haver liberdade.

A liberação é uma questão de coragem, a coragem de acreditar que você já é livre e actuar de acordo com isso.

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

FOTOS

SIMPLES_MENTE YOGA
Karuna - Serra de Monchique 1 a 3 de Junho de 2007



























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FIM-DE-SEMANA COM PEDRO KUPFER
13, 14 E 15 DE ABRIL, QUINTA DAS ÁGUIAS - PAREDES DE COURA













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DEMONSTRAÇÃO NO FÁBRICA FEATURES - LISBOA








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YOGA LIVRE NO ALENTEJO - SET 2006














Alteirinhos, Sto André e S. Pedro de Moel - (abril de 2006)

















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SVÁTANTRYA YOGA SÁDHANA (9, 10 e 11 de Setembro de 2005)

UM FIM-DE-SEMANA INESQUECÍVEL...



Ricardo em pleno dhauti (limpeza do estomago).---------------Sérgio e Ana na prática em dupla.


Caminhada à volta da herdade.----------------------------------Paula Shiva dançando e encantando.


Carla e Sofia, olhos nos olhos.---------------Sérgio e Carla curtindo-se um ao outro.


Ricardo Shiva, a honrar o grupo com a sua dança.---------------------Yoganidrá profundo.


Annasádhana (prática de alimentação).huummm.-----Vocalizando mantras à volta do fogo com o céu estrelado.


Mar em kapotásana disfrutando do ar puro.---Simão a demonstrar como é q se faz um vriskásana...eheheh


Pessoal a abrir o coração para o mundo.----------------------O grupo maravilha...pessoas espectaculares.


"Guru" Simão ensinando a filosofia svátantrica.---Ricardo a fazer-nos inveja.


Acabámos a comer bolo de chocolate.--------------------Foi o culminar perfeito. Marco entrando em samádhi.
na casa magnifica do Paulo em V. N. Mil Fontes.

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RECORDANDO A ÍNDIA - Outubro e Novembro de 2004


Restaurante típico indiano... -----------------------------------Simão no Gandhi Memorial.


O nosso alojamento em Srinagar-Kashmir. -------------------Mar num casamento kashmiri.


Mar e Simão no magnifico Taj Mahal. ---------------------Um Sikh tradicional passeando pelo Taj Mahal


O nosso aprendiz yogin. -------------------------------Huuummm,... Khajuraho.


Meditando no Ganges-Varanasi. ----------------------Mar no Shivananda Ashram.


Pessoas banhando-se no Ganges-Varanasi. -----------------Esta vida de viajante é dura. Com Marco e Cátia.


ShivaSimão nas ruas de Rishikesh.----------------Os três magnificos nas águas geladas do Ganges-Rishikesh

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RECORDANDO A AMAZONIA - Janeiro e Fevereiro de 2005
























































Chuva torrencial na selva amazónica.---------------------------------Igarapé do rio Negro.























































Edson no seu melhor...cagando na mata.---Simão alucinando com a selva e ..o ayahuaska..eheheh























































Simão, Edson, Van e Mar jantando num italiano.-------------------Pôr do Sol no Rio Negro























































Mar com uma máscara de argila.-----------Mar em trabalhos forçados... será mesmo...???























































Edson e Van, loucura pura numa cahoeira.---------------Simão observando Edson a invocar os espíritos amazonenses























































Simão com crianças amazonenses.--------------------------Mar desfrutando de um passeio de barco no rio Negro